
Luísa Capalbo
Sou arquiteta, mediadora, pesquisadora e escritora. Tenho apreço pelo que existe, pelo que nos envolve, nos acolhe: espaços construídos, mas abstratos, que nos dão chão. Acredito que em todo e qualquer lugar existe a possibilidade para um encontro, seja consigo mesmo ou com o outro: trocas, aprendizagens e narrativas que tecemos enquanto indivíduos acontecem a todo momento e, para isso, só se faz necessária a disposição em se fazer pontes. E, às vezes, são pontes imaginárias.
Me interesso pelos nós entrelaçados entre espaços e suas dinâmicas educativas, culturais e sociais. Assim, colaboro em projetos participativos, buscando sempre trocas horizontais e pertencimento comum; projetos em que as possibilidades de aprendizagem não formal encontram espaço; projetos em que as culturas, aquilo que nos une enquanto coletivo, não apenas são manifestadas, como também, experienciadas; projetos em que muitas histórias e encantamentos podem se fazer presentes.
O enfoque nas infâncias organicamente se manifesta: crianças tecem pontes imaginárias a todo momento; têm o olhar de quem se encanta, sempre, como se fosse a primeira vez; parece simples, mas elas se encontram com a essência das coisas. E por mais que ser criança dure alguns anos da vida, a infância é um estado que nos acompanha por toda a caminhada.
É no fazer de conta que se imagina um lugar onde se cabe. É a partir da leitura de mundos que se faz possível contar histórias. É no experimentar de um encontro que se ampliam horizontes.

