projetos participativos
Festival Desejar
Braga 25: Capital da Cultura Portuguesa
À convite do projeto Braga 25, Capital da Cultura Portuguesa, e do Colectivo Til, nos unimos à Assembleia do Desejar, reuniões mensais realizadas entre os cidadãos interessados, para imaginar formas de conceber o que poderia ser uma assembleia itinerante e com objetivo de concretizá-la durante o Festival Desejar, em junho de 2025.
Foram algumas oficinas em que discutimos ser e estar em uma cidade, formas de pertencimento, de gestão, de horizontalidade, de participação. Como uma assembleia se desloca e promove encontro? Como uma assembleia acolhe distintos lados e se faz de ponte? Como se ampliam vozes no contexto urbano?
Os exercícios também contaram com dispositivos de deriva urbana e lúdica, permeando memórias, afetos e sensações, assim como ateliês colaborativos em que possibilidades de construção foram ensinadas com os objetivos primordiais de se fazer juntos e escutar a todas e todos.
Por fim, um espaço modular foi construído colaborativamente e acolheu a programação do Desejar, que contou com experiências performáticas, sonoras e visuais, organizadas pelos moradores de Braga e arredores.
Lisboa e Braga, Portugal, 2024-2025

registros: fotos de acervo pessoal e realizadas em parceria com o Festival Desejar
Espaços de Brincar
Cooperê POA, Pirituba e Guaianases
Cooperê é um projeto da empresa ErêLab, que desenvolve equipamentos lúdicos e espaços de brincar, valorizando a criança como protagonista das próprias experiências e buscando ressaltar a importância da atividade frente aspectos como saúde física e emocional.
A metodologia é uma triangulação que conta com atores públicos, privados e a sociedade civil. Por meio da plataforma Cooperê, comunidades se inscrevem em busca de espaços de convívio para as crianças residentes, então uníamos parceiros privados dispostos a financiar os equipamentos e nos articulávamos com os setores públicos, prefeituras e subprefeituras, para não apenas realizarmos o espaço de forma legal, mas também para conseguirmos apoio no que consistia mudanças estruturais, como faixas de pedestre, iluminação, limpeza e pontos de água.
Os contatos inicias com as comunidades vinham junto ao estudo territorial, ou seja, ao passo que realizávamos as oficinas buscando compreender qual espaço seria o mais adequado em função das crianças, seus desejos e necessidades, também avaliávamos as possibilidades locais que garantissem o parquinho mais acessível possível.
As oficinas eram destinadas às crianças e, ainda que fossem prioridade, dialogávamos também com as famílias e atores comunitários que viam na possibilidade do brincar um benefício para toda a comunidade ao redor.
O Cooperê já conta com alguns projetos, e minha partici- pação enquanto gestora, arquiteta, urbanista e mediadora se deu na Vila dos Papeleiros, em Porto Alegre (que contou com reportagem televisiva em rede nacional), na Comunidade Xurupita, em Pirituba e no Parque Guaratiba, em Guaianases, ambas em São Paulo.
São Paulo, Brasil, 2021-2022

registros: fotos de acervo pessoal e realizadas por Bibiana Tini e Roni Hirch
Oficina Parque do Canivete
Sob orientação de Karina Leitão, a instalação de lambes no Parque do Canivete foi uma tentativa de proporcionar meios para que as sensações de participação e pertencimento das crianças e mulheres residentes do bairro fossem ampliadas.
Inicialmente, sendo um grupo integralmente feminino, nossa proposta era de buscar a construção de vínculos com algumas moradoras da comunidade para que a segurança nos espaços público e privado pudessem ser discutidos, principalmente ao que concernia a micromobilidade em escadarias e vielas, muito presentes no território, e assim, para que encontrássemos juntas algum mecanismo, fosse de infraestrutura ou de manifestação pública, que as fizesse reconhecer o território como delas. Estávamos pensando em apropriação.
Algumas oficinas de cartografia afetiva e rodas de conversa foram realizadas no da Criança e do Adolescente Arte na Rua, na Casa de Cultura do Jardim Damasceno e na Casa da Mulher da Brasilândia, nelas mulheres e crianças se uniram buscando uma outra forma de estar no espaço publico e encontraram em uma manifestação artística, unida a um grande festejo, uma primeira forma de se identificarem ao espaço que habitavam.
colaboração: Barbára Muhle, Bianca Brigati, Bruna Martins, Tainá Toscani e Tatiana Scholz e Coletivo MOVA
São Paulo, Brasil, 2017
registros: fotos de acervo pessoal e realizados pelas colaboradoras


